Wednesday, 15 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

Contra a indústria do diploma

UNIVAP

Movimento Independente contra a Indústria do Diploma (*)

O Movimento Independente contra a Indústria do Diploma surge da necessidade de providências urgentes com relação à formação de futuros profissionais do jornalismo. Os alunos desprendem-se de ideais político-partidários, e partem do princípio de que estão contratando uma instituição prestadora de serviços que não está trabalhando adequadamente. Estão pagando por uma formação acadêmica que encontra-se em péssimas condições.

Os alunos movem-se contra a indústria do diploma no sentido de buscar um ensino de qualidade na faculdade que cursam, não se deixando mover pelo senso comum de que a situação nunca mudará. Não se sentem robotizados, condicionados a fazer faculdade apenas pela vontade de exibir diploma de curso superior em seus currículos: buscam elevar o nível da instituição em que estudam, procurando a excelência em sua formação profissional. A cada ano 13 mil jornalistas são lançados no mercado de trabalho: como disputar com outros milhares de concorrentes tendo formação precária como a que nos é oferecida?

Entre nossas propostas, lutamos:

** pela implantação de 8 microcomputadores capacitados tecnicamente para o desenvolvimento de atividades gráficas e de redação em nossa Agência Anima;

** pela reforma técnica e reestruturação física dos 2 laboratórios de informática existentes na FCA;

** pela continuidade do jornal-laboratório Foca em Foco, exigência pedagógica do Ministério da Educação e Cultura, ou até de uma possível profissionalização (a ser discutida) do jornal;

** pela implantação de uma infra-estrutura adequada ao mercado de trabalho jornalístico, incluindo instalação licenciada de softwares gráficos e de edição de texto e de todo hardware necessário aos trabalhos da Agência Anima (impressoras, drives compactadores e papéis para impressão);

** por uma seleção mais criteriosa do corpo docente, para que no programa das aulas seja passada a vivência profissional realística da área, bem como a instauração de uma seleção criteriosa dos profissionais (exigência de mestrado concluído e doutorado em curso).

O movimento se pauta pela independência, e se solidifica perante a opinião pública pela capacidade de negociação e pela consciência plena do contexto em que todos os estudantes estão inseridos. Através de protestos pacíficos e estruturados, os alunos levarão suas propostas adiante.

(*) Alunos da Universidade do Vale do Paraíba (Univap)