Friday, 10 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

Paulo Rogério

“'Até o silêncio é bom quando se está diante do mar' Airton Monte, escritor

Mais uma mistério cai nas mãos do leitor do O POVO. Na semana passada o questionamento era com o caderno de Veículos que, sem qualquer explicação, deixou de circular. Virou duas páginas, perdeu uma coluna e ninguém soube os motivos. Agora é com a coluna 'O POVO nos bairros', um dos principais canais que o jornal mantém para que as pessoas denunciem os problemas de suas comunidades. 'O que aconteceu? Não sairá mais?' questionou o leitor Fernando Sérgio ao ombudsman. Ele tem razão em reclamar. Hoje fazem 30 dias que a última coluna foi publicada na editoria Fortaleza. Foi exatamente no dia 16 de agosto com o título 'Praça cheia de lixo e mato'.

De lá para cá nenhuma satisfação foi dada ao leitor que justificasse a ausência – a coluna saia às terças e quintas. Um silêncio sem explicação. Os leitores mereciam ser informados da repentina suspensão. É irônico, mas em uma empresa de comunicação, o jornal falhou na comunicação com seus clientes. Segundo a editora executiva do Núcleo de Cotidianos, jornalista Tânia Alves, a coluna volta a ser publicada normalmente a partir do próximo dia 24, uma segunda-feira, portanto em um novo dia. 'Ela está sendo reformulada' garantiu a editora.

Adeus ao cronista

O jornalismo cearense perdeu dia 10 um dos maiores cronistas: Airton Monte. Foram quase 20 anos de crônicas diárias no O POVO narrando o cotidiano da cidade, com seus costumes e personagens. Uma convivência que tornou a leitura da página 2 do caderno Vida & Arte leitura quase que obrigatória. A ausência dos seus textos vinha preocupando os leitores – a última coluna saiu em 8 de agosto ('Domésticos percalços') o que levou muitos deles a ligaram em busca de informações.

O POVO abriu a cobertura da morte do jornalista com destaque na capa do jornal chamando para página especial no 1º caderno. Pela manhã o internauta Kadmon Costa reclamou da ausência da mesma na versão on line. No lugar aparecia a página de Mercado. Falha corrigida próximo do meio-dia. Nos dias seguintes o Vida & Arte ampliou ainda mais a cobertura.

Para o leitor Alfredo Pinheiro o jornal foi bem. 'Só faltou mesmo a publicação da última coluna', texto que pode ser encontrado no O POVO Online, sem problemas. Um ótimo material, entretanto, passou meio que esquecido. No Acervo também do Portal há uma entrevista com Airton Monte ('Gentilandino Molotov') publicada em janeiro de 1997 ao extinto caderno Sábado. Vale a pena conferir o material.

Reality de boleiro

As matérias inclusivas estão se tornando especialidade do O POVO. Vários bons momentos podem ser lembrados das pautas feitas com o selo 'Entrei na história'. Alguns leitores, no entanto, ainda estranham. Paulo Rocha, por exemplo, critica a série Vida de Boleiro, publicada em Esportes. 'O que leva um jornal quase centenário a ceder à vaidade de um repórter que se diz frustrado por não ter sido jogador?'questionou. Não é bem assim.

A série tem como objetivo mostrar como vive um jogador de futebol durante 30 dias. Para tal, o repórter escalado precisaria ter certa habilidade técnica com o esporte. E assim foi feito. De que adiantaria um repórter perna de pau? Passados mais de 10 dias, a série já se firmou como um bom ponto de leitura. Os textos são leves e têm mostrado histórias que só mesmo vivenciando o fato se obteria.

Há leitores que elogiam investimento. 'Ainda vai ver muita coisa na Terceirona' comentou no Portal, o ex-boleiro João Ximenes. Bacana também a disposição da empresa em liberar um profissional durante um mês para uma única pauta. Coisa rara na imprensa. Não cabe ao ombudsman julgar se há ou não vaidades. Nem é minha função. Por enquanto, a série tem se tornado um autêntico 'reality show'.

Esquecido pela mídia

Segunda etapa do alargamento da Avenida Sargento Hermínio.

FOMOS BEM

AMOR INVISÍVEL

Vida & Arte ao abordar com o tema amor uma população invisível para muita gente.

FOMOS MAL

KIT SANITÁRIO

Jornal comeu poeira ao não informar novo afastamento de Sávio Pontes da Prefeitura de Ipu.”